A história da Copacabana

A história da Discos Copacabana começa no Rio de Janeiro, no subúrbio de São Cristóvão, poteriormente foi para Jacarepaguá, bairro da capital carioca.

No ano de 1967, sobre o comando dos irmãos Vitale, a gravadora se transfere para São Bernardo do Campo-SP, cidade paulista conhecida pelo pólo cultutral que ali havia se instalado, como a Gravadora Odeon e a Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

No início da década de 70 com a morte de um dos irmãos, a família Vitale decide vender a Copacabana, assumindo assim, o sócio majoritário Adiel Macedo de Carvalho, Rosvaldo Cury e Gunter Csasznik.

No início, a gravadora Copacabana tinha como logomarca uma "concha", logo depois passou a ser um "sol", mas na nova administração, a "borboleta azul" foi adotada.

Adiel Macedo de Carvalho, era empresário no ramo de venda de discos e tinha algumas lojas no centro de São Paulo, além da Copacabana, ele possuía selos já conhecidos como: Caravelle, Beverley, AMC, que já havia gravado artistas como Jorge Ben Jor, Terry Winter e Paulo Sérgio.

Diferente de todas as outras, a Copacabana produzia o disco por completo, todo o processo de produção desde o derretimento do plástico, para fabricação de discos, até sua prensagem final, incluindo a gravação das músicas e fotografias dos artistas.

Suas enormes instalações abrigavam toda a parte administrativa, maquinário para preparar o plástico, prensas, estúdios com modernos equipamentos de gravação, como as primeiras mesas de som automatizadas com 24 canais do Brasil, estúdios fotográficos e de direção de arte para desenvolvimeto das capas.

A gravadora era responsável pela produção, gravação, edição, fabricação, e até venda dos discos, o seu auge chegou a ter cerca de 1.500 funcionários e filiais pelo Brasil, além de escritórios em outros países.

Adiel diversificava seu casting de artistas e também os ritmos existentes na gravadora, com isso a Copacabana se destacou no mercado, tornando-se, uma das mais populares e bem sucedidas gravadoras da época, 75% do casting era composto por artistas sertanejos e músicos regionais nordestinos, grandes nomes como: Chitãozinho e Xororó, João Mineiro e Marciano, Trio Parada Dura, Agnaldo Rayol, Elizeth Cardoso, Sivuca, Ângela Maria entre outros.

O cenário musical dos anos 80 começa a se modificar, e a Copacabana enfrenta algumas crises financeiras, pirataria, perda de artistas e falta de espaço no mercado.

A gravadora pede a primeira concordata, e Adiel Macedo compra parte dos outros sócios, agora sozinho no comando da empresa, apostava em alguns artistas que tinham um bom reconhecimento do público, e mantinham os negócios da gravadora.

Em 1983, as coisas ainda continuavam ruins, e nem todo sucesso de artistas como Gretchen e Chitãozinho e Xororó, foram capazes de impedir que a gravadora pedisse concordata pela segunda vez.

Em 1988 morre a esposa de Adiel macedo de Caravalho, Yolanda Salvioli de Carvalho e também no mesmo ano, a perda de seu filho Fábio Macedo de Carvalho, form duros golpes para o empresário, ela que era seu braço direito nos negócios, e ele que coordenava a produção das fábricas, além disso, a gravadora perdeu grandes estrelas do seu casting para a concorrência.

Outro duro golpe para o empresário foi a retirada pelo governo em 1989, da Insenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria, o ICM, dinheiro que antes era usado para investir em novos artistas e equipamentos, agora precisava ser entregue para o governo, a nova determinação caiu como uma bomba para a empresa.

No final dos anos 80, apesar de uma ligeira recuperação do mercado fonográfico, o Brasil viveu um momento econômico ruim, recessão, desemprego e hiperinflação, no ano de 1990, a indústria musical registra uma queda de mais de 40%, em relação ao ano anterior.

Ainda neste ano a gravadora lança a dupla Zezé Di Camargo e Luciano, com o LP "É O Amor", a dupla chega a gravar mais de um disco pela Copacabana, porém a gravadora não tinha mais fôlego para permancer no mercado, aonde já se iniciavam o encerramento de certas atividades, como a produção de discos, ficando apenas com os estúdios.

Em meados de 1992, a nova crise decretou o fim da Copacabana.

Seu catálogo foi vendido para outras gravadoras multinacionais que estavam em alta, como a EMI, Warner e Sony, o prédio e fábrica são vendidos, e os funcionários são demitidos.

Até hoje, muito se diz e pouco se sabe a respeito das reais causas do fim da gravadora, alguns dizem em falência, outros falam em fim de uma era, mas os fatores foram diversos, porém o que não podemos esquecer, é a importãncia que a Copacabana teve no cenário musical brasileiro.

Emanuel Web Designer 
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora